A luta pela educação públicaSuelen Aires Gonçalves style="width: 25%; float: right;" data-filename="retriever"> O Estado brasileiro passa por uma crise das mais diversas fontes, como mencionei em textos anteriores da nossa coluna "Plural". O problema está nos planos político, social, sanitário, de saúde e econômico. Mas tal processo se agrava no contexto neoliberal, sistema econômico vigente do capitalismo mundial. Esse tipo de política apresenta como proposta a ideia de "Estado Mínimo", ou seja, o enxugamento do Estado a favor da iniciativa privada. Neste contexto de crise, tal sistema está em cheque, pois não garante as condições mínimas de vida do povo e das nações. A quem serve o "Estado Mínimo"? Para o povo brasileiro, não. Nossa realidade de desigualdades sociais e econômicas não é um fator recente da nossa história. E, neste contexto, vamos dialogar sobre a importância de educação como política pública de estado para com a população. Nesta semana, esteve em votação na Câmara dos Deputados o novo Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) e foi aprovada em seus dois turnos a PEC 15/15 para garantir a manutenção da educação básica pública no País. A proposta renovou e ampliou a parcela da União no fundo dos atuais 10% para 23%, ao longo dos anos, de 2021 a 2026. PÚBLICA, GRATUITA E DE QUALIDADE A luta pela educação é uma constante, na perspectiva de proporcionar ao povo brasileiro o direito a educação pública, gratuita e de qualidade em um país diverso com dimensões continentais. O novo projeto passa a ser escrito na Constituição brasileira, ou seja, torna-se uma política de Estado. Houve uma parceria com líderes partidários, educadores e educadoras, estudantes de todo o país. A mobilização virtual nas redes foi fundamental para a garantia da votação e aprovação. Certamente, foi uma derrota considerável do governo Bolsonaro, que buscou de inúmeras formas e manobras que tal projeto não fosse aprovado. GASTO ORÇAMENTÁRIO Um governo neoliberal vê investimento em política pública como gasto orçamentário. Nós, educadores e cidadãos comprometidos com uma educação transformadora e emancipadora, temos um olhar diferenciado. Torna-se, de fato, investimento público na construção e consolidação de um país com condições reais de proporcionar direitos básicos. Não haverá democracia sem educação pública de qualidade. Por hora, vencemos! |
Homens fortes Silvana Maldaner style="width: 25%; float: right;" data-filename="retriever">Homens fortes criam tempos fáceis, e tempos fáceis geram homens fracos, mas homens fracos criam tempos difíceis, e tempos difíceis geram homens fortes. E assim caminha a humanidade. Tive o privilégio de aprender com grandes homens. Acumulei experiência prática nos anos de 1993 a 1997 na assessoria do Hospital Universitário, junto do meu querido amigo Dr. Antero Scherer, diretor do hospital. De alma ímpar, humilde, bonachão, gostava de pintar e de estar junto aos doentes da assistência básica. Ele sofria com as filas intermináveis de pessoas que dormiam nas calçadas para conseguir uma vaga nas consultas ambulatoriais. Presenciei brigas contínuas pelas internações judiciais, disputa de investimentos, cargos e funções administrativas e criação do CTMO. Foi um grande aprendizado sobre a cultura organizacional de um hospital-escola que agrega servidores e professores com metas distintas de atuação na esfera pública. Rendeu minha monografia, capítulos de livros, palestras e congressos até no Exterior e muitas oportunidades, como desenvolver por 8 anos o jornal do Hospital de Guarnição Militar, comandado pelo saudoso Coronel Oliveira, muito focado no programa de qualidade e transparência e também na importante missão de assessorar o Hospital de Caridade, com os diversos problemas que enfrentava com a comunidade. Dos grandes desafios encontrados, um dos mais tensos foi o movimento de descredenciamento do SUS no Hospital de Caridade, as dificuldades com a inadimplência do IPE que, na época, representava 60% do volume de pacientes, a falta de leitos, a judicialização da saúde, a relação da comunidade e a filantropia que existia na época.
UM VISIONÁRIO PARA A CIDADE Tenho muita saudade do engenheiro Wilson Aita, o qual tive a honra de conviver diariamente por quase uma década. Foi um visionário para a cidade. Um engenheiro que gostava de aviões, telecomunicações e progresso. São inúmeros os seus feitos para UFSM, pois, junto com Dr. Mariano, edificou o Politécnico que veio a se tornar o Centro de Tecnologia da UFSM. Participou, junto com Antonio Abelin, da fundação da TV Imembuí e do Centro de Comunicação da Rádio e TV Universitária. Fundou a Sociedade de Engenharia e Arquitetura de Santa Maria e também o Aeroclube. Após sua aposentadoria como professor dos cursos de engenharia, participou ativamente no Grupo dos Conselheiros do Hospital de Caridade e esteve à frente como provedor por muitos anos, colocando, inclusive, o seu patrimônio pessoal como garantia para a ampliação das unidades e construção da Policlínica que hoje leva seu nome. Neste resgate histórico, muitos personagens foram importantes. Da diretoria de 20 anos atrás do HCAA, é preciso destacar também o Sr. Alcides Brum, o tesoureiro mais generoso, filantropo, e de uma índole inabalável. Saudades também dos queridos Vinicius MacGinity, Delmo Amendola e Gilmor Frassetto.
UMA PLACA É POUCO Das experiências que vivi nestes três grandes e estratégicos hospitais para nossa região, fica a lembrança de grandes homens que fizeram a diferença, ensinaram e inspiraram. Todos devem estar peleando e agregando em outros pagos, construindo e edificando outros hospitais. Uma placa é muito pouco pelo que fizeram na nossa cidade. |